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O seminário “Saúde Sem Racismo: Dialogando com os Movimentos” debateu entre os dias 6 e 8 de junho ações do Ministério da Saúde com foco nas populações negras e indígenas e apresentou a Estratégia e Plano de Ação sobre Etnia e Saúde pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

Representando a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), na mesa de abertura, a ATPS Karen Emanuella, coordenadora-substituta da Coordenação de Atributos e Promoção à Saúde Indígena apresentou um panorama da secretaria.

Entre as ações e entregas das Secretarias do Ministério da Saúde relacionadas ao combate ao racismo, foi detalhado que a Sesai criou no segundo semestre de 2023, o Comitê de Resposta a Eventos Extremos na Saúde indígena, que atua na mitigação dos efeitos provocados pelos eventos climáticos que atingem a população indígena em suas terras e territórios. Além disso, como forma de combater o epistemicídio vivenciado pelos povos indígenas, foi constituído o Grupo de Trabalho Medicinas Indígenas, por meio da Portaria Sesai/MS nº 8, de 23 de janeiro de 2024, para elaborar o programa em medicinas indígenas no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).

Há um esforço na SESAI, atualmente, em problematizar o assédio e o racismo, em uma articulação com a Coordenação-Geral de pessoas do Ministério da Saúde. “É um momento frutífero para discutir e construir estratégias, com a participação essencial de movimentos e de lideranças. A saúde indígena está incidindo em temas que eram outrora negligenciados e isso só é possível em um governo democrático e com uma ministra da Saúde que compreende o quão prioritário é enfrentar o racismo”, explicou a ATPS Karen Emanuella.

Outro objetivo do Seminário foi contribuir para definição dos temas que serão apresentados pela delegação brasileira no Encontro Regional: Abordando las Desigualdades Étnico-Raciales en Salud, que acontecerá em Brasília, no próximo mês, com participação de 34 países.

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