Brasil já ocupa a 2ª posição mundial em tempo de tela do mundo; estudo da USP mapeou os transtornos causados pelo vício em tecnologia
Um grupo de psiquiatras liderado pela psiquiatra e professora da Universidade Federal de São Paulo (USP), Carmita Abdo, com o apoio do Laboratório Cristália, lançou um estudo sobre “O Impacto da Tecnologia na Saúde Mental”. Os estudiosos mapearam 12 transtornos mentais causados pelo uso abusivo da tecnologia.
O estudo faz parte da campanha “Cancele o estigma, não as pessoas”, criada há três anos, logo após a pandemia, para conscientizar as pessoas sobre temas críticos relacionados à saúde mental.
Um grupo de psiquiatras liderado pela psiquiatra e professora da Universidade Federal de São Paulo (USP), Carmita Abdo, com o apoio do Laboratório Cristália, lançou um estudo sobre “O Impacto da Tecnologia na Saúde Mental”. Os estudiosos mapearam 12 transtornos mentais causados pelo uso abusivo da tecnologia.
O estudo faz parte da campanha “Cancele o estigma, não as pessoas”, criada há três anos, logo após a pandemia, para conscientizar as pessoas sobre temas críticos relacionados à saúde mental.
De acordo com os dados levantados, o Brasil já ocupa a 2ª posição mundial em tempo de tela do mundo, com cerca de 56% do tempo gasto em atividades cibernéticas, como utilização de redes sociais, buscadores ou apenas trabalho em frente ao computador.
“Torna-se urgente prestar atenção nos novos comportamentos gerados pelo uso abusivo da tecnologia, pois há cada vez mais pessoas em um ciclo vicioso que intensifica transtornos já bem conhecidos, como a depressão, a ansiedade e a compulsão”, comenta Carmita Abdo.
De acordo com levantamento da Eletronics HUB, website especializado em informações sobre tecnologia, das 9h por dia que os brasileiros gastam em frente às telas, 4h são destinadas a navegar em plataformas de mídias sociais como Instagram e Facebook.
O vício em redes sociais já produziu cyber comportamentos como o FOMO (Fear of Missing Out), que pode ser traduzido como o medo de não conseguir acompanhar as atualizações. Outro exemplo é a Depressão do Facebook, causada por interações sociais (ou a falta delas) por meio das redes. “Nunca buscamos tanta felicidade e nunca produzimos tanta tristeza. É quase uma pandemia silenciosa”, ressalta Carmita.
Conheça os 12 comportamentos mapeados pelo estudo:
Gaming Disorder
Condição reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que afeta indivíduos que excedem o uso dos games, sejam estes pelo celular, computador ou videogame.
Fomo (Fear Of Missing Out)
Medo de não conseguir acompanhar as atualizações nas mídias sociais.
Nomofobia (No Mobile Fobia)
Refere-se ao medo extremo ou ansiedade de ficar sem o celular ou estar desconectado da tecnologia.
Selfitis
Obsessão de tirar selfies constantemente e compartilhá-las nas redes sociais, que pode ser considerado como um comportamento compulsivo.
Phubbing
A prática de ignorar a companhia de outras pessoas em favor do uso do celular, prejudicando a interação social presencial.
Vício em Tecnologia ou Dependência Digital
Caracteriza-se pelo uso excessivo e compulsivo de dispositivos eletrônicos e tecnologia, afetando negativamente a vida diária e a saúde mental.
Síndrome do Texto Fantasma
A angústia de não receber resposta após enviar uma mensagem de texto ou ser ignorado, gerando ansiedade e insegurança nas relações virtuais.
Cyberchondria
Tendência de pesquisar sintomas de doenças na internet, levando a uma interpretação exagerada e ansiosa dos resultados.
Fadiga de Decisão Digital
Cansaço e a sobrecarga mental causada por ter que tomar constantes decisões relacionadas ao uso da tecnologia e às interações online.
Náusea Digital
Desorientação/vertigem causada pelo excesso de interação com ambientes digitais.
Toque Fantasma
Sensação de ouvir/sentir toques ou vibrações de celular quando o mesmo não está presente, está no silencioso ou não recebeu notificações.
Depressão Do Facebook
Depressão causada por interações sociais (ou a falta) através das redes
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